quinta-feira, 22 de março de 2012


Gro Brundtland, ex-primeira ministra da Noruega, convoca responsabilidade ambiental sinérgica entre poder público e sociedade


Por Fábio Sabbag - direto de Manaus (AM) 
É preciso pensar seriamente na transição de recursos e não na destruição da natureza. “Sabemos que o acesso à energia é crucial, mas uma grande parcela mundial ainda continua vivendo sem. E, definitivamente, sem eletricidade, as dificuldades aumentam. É por isso que os combustíveis energéticos têm de estar no coração de qualquer país”, disse Gro.
De acordo com Gro, o RIO+20 – evento que será realizado no Rio de Janeiro em breve - terá foco na eficiência energética e na energia renovável.
“Países em desenvolvimento têm politicas ambientais bem mais atuantes. Em 2009, tínhamos 55 países com leis e políticas vibrantes. Em 2011, o número saltou para 119 países. Os países do Oriente Médio, por exemplo, na década de 90 combateram fortemente a criação de taxas favoráveis à sustentabilidade. Fui bastante criticada em 1992 no Rio de Janeiro. Hoje, os mesmos países que tentaram combater, estão, gradativamente, mudando de opinião. Mesmo assim, sabemos que a mudança não acontece da noite para o dia. É preciso investir, criar políticas e incentivos para a energia renovável”, destaca Gro.
A ex-primeira ministra da Noruega fez questão de convocar tanto o poder público quanto a sociedade.

Gro falou que é preciso desfazer as políticas antigas que dão destaque aos combustíveis provenientes do petróleo.

É um desafio que deve ser encarado mundialmente. Vale lembrar que Gro está fortemente empenhada na luta da sociedade brasileira contra o Novo Código Florestal.

“As parcerias serão  essenciais e os desafios são comuns. Setor público e comunidade são parceiros e a tecnologia existe para diminuir a distância. Teremos de semear, enquanto vivermos, a responsabilidade ambiental. Não há outro caminho, não existe atalho alternativo", finaliza.

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