terça-feira, 5 de junho de 2012

Para curtas, médias ou grandes tiragens

Indicadores de crescimento em 2012 são evidentes e deixam as impressoras rotativas engatilhadas para as diferentes tiragens. Saiba ainda o que os fabricantes apresentaram na Drupa      

Por Fábio Sabbag - editor da Revista GRAPHPRINT 
De acordo com o Instituto Verificador de Veiculação (IVC), o ano de 2011 registrou um bom índice de crescimento no número de títulos e editoras de revistas do Brasil. A quantidade de títulos subiu 22,8% em comparação ao ano anterior, enquanto o número de editoras cresceu 14,9% em relação ao mesmo período.
Outro ponto positivo do levantamento foi o aumento no faturamento de circulação, que segue crescendo há 10 anos e teve aumento de 2,84% no ano passado. A circulação, por outro lado, anotou leve queda de 2,2%, número que foi suficiente para quebrar a série de quatro anos de crescimento consecutivo que vinha sendo registrado.
Conforme dados publicados pela Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER), o mercado brasileiro teve 5.779 títulos em circulação no País durante o ano passado, o maior índice desde 2000. Já a quantidade de editoras chegou à marca de 370 em 2011, o maior número registrado nos últimos sete anos.
Já quanto ao setor de embalagens, a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) divulgou recentemente estudo exclusivo que fechou o ano de 2011 e apresentou as perspectivas para 2012. O Estudo Macroeconômico da Embalagem Abre/FGV mostrou que a produção física da indústria de embalagem em 2011 cresceu 1,5%, contra um crescimento de 0,27% da indústria geral no mesmo período.

No primeiro semestre do ano passado, o setor se manteve em crescimento, registrando aumento de 3,11% em relação ao mesmo período de 2010. No segundo semestre, no entanto, o ritmo arrefeceu e a produção apresentou retração de 0,07% se comparada ao mesmo período do ano anterior.
Se avaliada a produção física nos últimos 18 anos, observa-se que o período em que a indústria teve seu pior desempenho foi em 2003, com 6,32% de recuo e a maior alta, em 2010, com crescimento de 10,23%. Ao analisar o desempenho da produção física na era dos planos econômicos, tem-se que o setor atingiu a taxa máxima de 16,75% em 1985, ano do Plano Cruzado, e a taxa mínima de 13,81%, em 1990, ano do Plano Collor.
O valor da produção física de embalagem atingiu R$ 42,1 bilhões em 2011. A participação por setor nesse faturamento é de 38% dos materiais plásticos, seguido pelo setor de papelão ondulado, com 17,69%, e de cartolina e papel cartão, com 10,27%.
O setor registrou nível recorde de 226.210 empregados com carteira assinada em outubro de 2011, recuando nos dois meses finais do ano, fechando o ano com 223.335 empregados com carteira assinada. A perspectiva para 2012 é que o nível de emprego na indústria de embalagem deverá consolidar-se no patamar de 230 mil ocupações.
O estudo da Abre mostra que em 2012 o setor deverá crescer 1,6%. Os fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas próximas a R$ 46 bilhões em 2012, superando os R$ 43,7 bilhões gerados em 2011.  

Mercado de rotativas
Com grande flexibilidade e alta qualidade de impressão, as impressoras rotativas têm um cenário amimador pela frente. A julgar pelas notícias já citadas, por exemplo, em 2012, o mercado de impressão aumentará consideravelmente, e a impressão rotativa, também. “Hoje as impressoras têm a aptidão de mostrar que cada vez mais trabalhos, com menores tiragens, podem ser impressos com alta qualidade. Temos os softwares com inteligência artificial que aprendem com o impressor a regulagem mais eficiente, com a menor perda possível. Este sistema trabalha junto com o operador desde o alimentador até a dobradeira. Quando o operador precisa fazer algum ajuste, a máquina entende que quando for imprimir outro trabalho com a mesma característica ela mesma antecipa a operação e faz o ajuste. Este item é o KHS AI”, fala Melvyn Saco, gerente comercial da Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos.
Saco explica ainda que, quando o equipamento tem mudança de parâmetro, como chapa ou tinta de outro fornecedor, a máquina consegue se adaptar. Richard Möller, diretor da Ferrostaal, ressalta que as impressoras modernas permitem redução dos custos operacionais, setup rápido, menos desperdícios nos acertos e reduzido custo de manutenção. Já na opinião de José Geraldo Toledo Filho, sales manager - Brasil da Goss, os modelos novos, além da alta qualidade de reprodução, proporcionam baixo custo, alto volume, facilidade operacional, flexibilidade e custo de manutenção adequado.
Albrecht Röser, diretor comercial - Máquinas Rotativas da manroland, define as rotativas novas em três palavras: “Produtividade, produtividade e produtividade. Além disso, flexibilidade para tiragens curtas, médias ou grandes, trabalhando com diferentes tipos de papel, automatização e tecnologias modernas, como conexão com modem, motores individuais, sistemas de cor, corte e densidade. Na Europa, já existem sistemas de rotativas que trabalham automaticamente com o autoprint”, avisa, sem deixar de citar a Euroman 32 e 48 páginas e a Lithoman de 64, 72, 80 e 96 páginas.
Em evidência
Toledo Filho diz que a Goss, para cada tipo de aplicação, possui um equipamento determinado. “Nas demandas de 16 páginas, extremamente flexíveis, a M-600 A e a M-500 são os equipamentos que mais se destacam. Crescendo a paginação, a M-800 é um equipamento que produz em altíssima qualidade de reprodução. Nos cadernos de 32 páginas, a M-800 vem se destacando. Depois, entramos na família Sunday, onde as vantagens como volume, reduzida perda de papel e alta produtividade são os principais atrativos. Não há uma rotativa que se destaca isoladamente. Cada máquina tem a composição estratégica de cada empresa. Por isso, é comum máquinas distintas dentro de uma planta de impressão”, avalia o sales manager Brasil da Goss.
Möller avisa que para o segmento jornal/coldset, a Manugraph Cityline Express é líder na categoria e consegue grande destaque devido à arquitetura moderna e com grande tecnologia agregada.
A Gutenberg entra na competição com dois destaques: a System 38 S e a System 38D. “São impressoras 16 e 32 páginas, respectivamente, que têm como principal característica o alto grau de automação, viabilizando a impressão de trabalhos considerados de baixas tiragens para estes tipos de equipamentos. Falamos de trabalhos entre 10 mil e 15 mil exemplares. Já vimos clientes imprimindo até trabalhos de 5 mil impressões, antes só possível nas impressoras planas com considerável grau de automação”, afirma Saco. 
Röser é outro profissional do segmento que aposta em dois modelos: Euroman 32 páginas e a Euroman 48 páginas. “A Euroman 32 páginas, com largura simples e dupla circunferência, favorece quem trabalha com rotativas de 16 páginas, pois é possível usar os mesmos rolos tanto com 16 quanto com 32 páginas. O cliente usa menos processos de acabamento, pois o produto já sai com 32 páginas acumuladas. O grau de automatização da Euroman é muito alto: a passagem do papel é feita automaticamente do porta-bobina até o funil da dobradeira e a troca de chapas é semi-automática com a disponibilidade de troca de formatos automaticamente, entre outras vantagens. Na Europa há rotativas que trabalham totalmente automatizadas com o autoprint.”
GRAPHPRINT: A impressão digital, por exemplo, começa a competir com a rotativa ou são mercados distintos?
Ferrostaal
Möller: “A impressão digital entra em todos os segmentos, mas não como concorrente. Vemos como tecnologia complementar. Há, inclusive, interessantes novas impressoras rotativas digitais com tecnologia inkjet. Um exemplo, que certamente será um dos destaques na drupa é a TKS JetLeader 1500.”
Goss
Toledo Filho: “Mercados totalmente distintos.”
Gutenberg
Saco: “São mercados distintos, pois atendem a distintas demanda. Enquanto as rotativas atendem a tiragens altas e médias, a impressão digital está focada em trabalhos personalizados e de baixa tiragem.”
manroland
Röser: “A impressão digital só compete com as rotativas ao imprimir produtos como livros em tiragens pequenas. Já temos soluções em cooperação com a Océ em conjunto com a dobradeira feita pela manroland para fazer livros em tiragens pequenas até ‘print on demand’.”
GRAPHPRINT
As rotativas na Drupa
Ferrostaal
Destaque para a Hiline Express, que é apresentada no stand da Manugraph. “O modelo, de 45.000 cph tem um conjunto entintador superior a todos de sua categoria, sendo ideal para as aplicações híbridas, combinando coldset com heatset e/ou UV”, adianta Möller.
Outro destaque é a TKS JetLeader 1500. “Uma rotativa inkjet de alta performance e qualidade com saída em linha tanto em dobradeira convencional (para produção de jornais, especialidade da TKS) quanto com sistema de produção editorial (com equipamentos Horizon)”, explica Möller.
Gutenberg
“Há maior procura por impressoras rotativas com maior índice de automação e menores tempos de acertos por causa da crescente busca pela qualidade e redução de custos aliada à capacidade de trabalhar dentro dos padrões de ecoeficiência da atualidade”, observa Saco.
manroland
Assim como em 2008, a manroland não apresentou rotativa em produção no estande. “Podemos mostrar toda a variedade de nossos modelos de rotativas em produção em gráficas de clientes nos arredores de Düsseldorf, como as Lithoman de 64, 72, 80 e 96 páginas. Há ainda as rotativas de jornais, como a Colorman 4/2, 6/2, Geoman e Uniset, até sistemas de rotativas totalmente automatizadas, como o autoprint”, avisa Röser.
 

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