terça-feira, 5 de junho de 2012

Pare de tratar a cor de forma empírica

A origem do conhecimento sobre cor na indústria gráfica, por longos anos, foi encarada de forma empírica. Cores passadas. Hoje é possível gerenciá-las, transformando-as em números que evitam o temido retrabalho, por exemplo

Por Fábio Sabbag - Editor da Revista GRAPHPRINT  
O empirismo é a escola do pensamento filosófico relacionada à teoria do conhecimento, que confia estar na experiência a origem de todas as ideias. Ao longo de toda a história da filosofia, diversos pensadores abordaram a questão, dando importância ao conhecimento da experiência (da sensibilidade) ao invés de apenas ao intelectual.
O principal defensor do empirismo foi John Locke (1632-1704), filósofo inglês. O empirismo defendido por ele ficou conhecido como empirismo britânico, e influenciou diversos filósofos. Locke defendeu que a experiência forma as ideias em nossa mente, no seu livro “Ensaio acerca do entendimento humano”, de 1690. Ele escreveu que “só a experiência preenche o espírito com ideias”.
Filósofo ou não, o ato empírico – até por se tratar de artes gráficas – circula no cotidiano das gráficas. Principalmente na questão da cor, ainda hoje é possível – mas está se tornando cada vez mais raro – encontrar profissionais que entendem de tintas de forma empírica, ou seja, com conhecimento baseado em tentativas e erros, criando as experiências.
Sinal dos tempos. Hoje, a cor, além de ser gerenciada, pode ser transformada em números que resultam em valores, como menos insumos, impressão com repetição assegurada e, enfim, o término do retrabalho. Não se trata, porém, de ignorar o conhecimento adquirido “na raça”, mas uma ajuda tecnológica é importante, quando não vital, ao desenrolar dos negócios.                        
Dentro de uma gráfica, muitas vezes, a área que menos gasta tempo para produzir o trabalho é a impressão. Antes de ganhar corpo, a demanda da impressão passa pelos conhecidos caminhos da pré-impressão, e após a gravação da chapa vai para a impressão e, consequentemente, para o acabamento.
É no âmbito da pré-impressão que entra a questão do gerenciamento de cor. E o assunto é tão relevante que Manuel Valente, gerente de desenvolvimento de vendas da América Latina da EFI, estima que até 60% do tempo total é dispensado às atividades relacionadas a cores e seus ajustes. “A correta implantação do gerenciamento de cores reduzirá muito o tempo e os custos envolvidos”, frisa Valente.
Para a segurança do gráfico, além do sistema de calibração de provas, vigora no mercado a certificação ISO 12647. “Dessa forma, as provas representam uma gama de cores que 95% das máquinas do planeta podem alcançar.
A normalização dos arquivos também é de extrema importância, pois podemos aplicar UCR ou GCR como fazíamos no passado, quando usávamos o scanner para fazer a seleção de cores”, explica André Vazelino, gerente de marketing da Coloristas Team.
Vazelino acrescenta que, ao normalizar os arquivos, incluem-se características próprias que só são usadas nas artes gráficas: “Quando normalizamos e certificamos as provas, o processo de impressão se torna mais simples e o acerto do equipamento será mais rápido, pois na maioria dos impressos a carga de tinta terá a mesma espessura de camada, ou seja, apresentará densidades padronizadas e o impressor perderá menos folhas de acerto para alcançar a tonalidade desejada.”
Ernani Alves Bezerra, especialista em aplicações gráficas da Xerox, analisa o atual panorama das gráficas: “Certamente encontraremos pilhas de papel do lado de fora do galpão de impressão. Sim, essa perda poderia ser minimizada. A repetição ou a consistência de cores é o desejado. E o que quer dizer? Quer dizer que a primeira tem de ser igual à última e, se isso não acontece, a consequência é a perda do toner, do papel, da tinta, da chapa, do tempo de operador/impressor, dinheiro e, principalmente, um cliente insatisfeito.”
Bezerra ressalta que as perdas durante o processo acontecem tanto na impressão offset como no ambiente digital. “Ao adquirir o equipamento, o cliente digital costuma achar que está com a solução dos seus problemas. Não é verdade. O que acontece com a impressão offset acontece na impressão digital. A vantagem do digital é que os processos de controle de qualidade são feitos por sensores automatizados, garantindo assim que a impressora tenha melhor desempenho”, avisa o especialista em aplicações gráficas da Xerox.
Ricardo Gargalaca, diretor da Coralis, observa que, hoje, ainda é comum as gráficas receberem devoluções de trabalhos: “É bastante comum encontrar empresas oferecendo um desconto adicional para não imprimir novamente, sem falar nos custos de frete, mão de obra, tempo e desgaste da marca da gráfica”, pondera.
Vale lembrar que quando lidamos com artes gráficas a cor é um fator preponderante e vital. “Especialmente quando a precisão em relação ao original é inegociável, os desperdícios gerados durante a produção tendem a ser enormes se não houver controle e gestão eficiente de cores. São muitas as variáveis que podem impactar no processo. O gerenciamento de cor precisa minimizar os fatores de risco o máximo possível. Para isso, precisa seguir normas e padrões ao longo de toda a cadeia de processos, desde a pré-impressão até a impressão final”, fala Julio Coutinho, managing director da Q.I. Press Controls.
É fato que o gerenciamento objetiva garantir a previsibilidade das cores impressas na gráfica. “O gerenciamento pretende controlar as cores em todas as etapas do processo para alcançar o melhor resultado de impressão, de forma previsível. Como resultado, o gerenciamento de cor proporciona ganho de qualidade, estabilidade, repetibilidade, agilidade, competitividade e aumento na satisfação do cliente”, fala Oliver Povareskim, diretor da Povareskim.


Os passos da implantação

Ao decidir investir, notem que muitos fatores têm de ser levados em consideração, “desde os consumíveis, passando pela impressão de test form. Processos diferentes de pré-impressão e impressão, assim como diferentes materiais, produzem resultados diferentes. Para uma otimização dos processos, começamos pelo planejamento completo do uso de substratos, tintas, blanquetas, calços, soluções de molha, chapas de impressão, químicos de revelação, papel e tinta de prova. Em seguida, determinamos as condições de produção como tipo de tinta, padrão de cores, faixa de tolerância, unidades de impressão, velocidade, temperatura da unidade de tinta, e otimizamos as configurações de pré-impressão e da impressora. Depois, vem a impressão do ‘test form’, que permitirá a calibragem dos processos e a criação de um perfil de cores ICC por meio do uso das ferramentas Prinect”, detalha Kesler Santos, supervisor de produto da Heidelberg.
Mario Mello, packaging workflow and Color Proofing Technical Specialist LAR South da Kodak, fala em quebra de paradigmas: “Primeiramente, é preciso ter vontade de quebrar paradigmas. Salvo algumas exceções, não fazemos mais artes gráficas e, sim, tecnologia gráfica. Depois, é preciso planejar cuidadosamente cada passo desde a implantação até a manutenção. É preciso ainda envolver as pessoas, mostrar a importância do gerenciamento de cores e seus resultados. E, finalmente, executar o projeto para colher os frutos.”
Vlamir Marafiotti, sales manager prepress da Agfa, orienta que a gráfica, primeiramente, precisará de uma consultoria onde especialistas determinarão e identificarão todos os pontos que serão abordados no processo de padronização. “É imprescindível equipamentos de medição para manter o processo dentro das especificações; softwares que farão as medições e certificações com ferramentas que permitam a intervenção e manutenção de todo o sistema de pré-impressão e impressão. E, obviamente, treinamentos para a capacitação dos profissionais, que devem manter os padrões que foram determinados”, acrescenta Marafiotti.
Tadeu Faria, analista de produtos da Canon, acompanha a ideologia do conhecimento da empresa: “Primeiramente, uma pessoa que conheça bem a gráfica, ou seja, as características dos equipamentos existentes e os níveis de exigência dos seus clientes e trabalhos. Deve-se ter conhecimento em curva de cores e padrões da indústria gráfica. Com esses pré-requisitos fica fácil decidir qual ferramenta é a melhor opção e, também, como extrair o melhor resultado desta.”
Para Povareskim, o ideal é uma é uma avaliação técnica minuciosa da impressora offset pelo fabricante ou por uma empresa especializada, “em seguida, avaliar e definir os insumos para a área de impressão e pré-impressão para cada fase do processo; imprimir um ‘test form’ e, a partir dele, usando um software para geração de perfil juntamente com um espectrofotômetro, gerar um perfil ICC da sua impressora offset. Com esse perfil, buscar as normas técnicas criadas por órgãos especializados confiáveis, como a ABNT, e tentar adequar plenamente ao processo produtivo. Na impossibilidade, com base no melhor resultado possível, tentar estabelecer um padrão para sua gráfica, criando procedimentos e controles para cada fase do processo. Após criar o perfil, basta aplicá-lo aos departamentos de pré-impressão e criação, calibrando os dispositivos como monitores e provas contratuais.”         
André Liberato, especialista em cor, e Ronaldo Arakaki, gerente de marketing, ambos da Konica Minolta, enumeram os passos iniciais: “Controle de cores e densidades na impressão offset; equipamento calibrado para a produção de provas; controle de cores na pré-impressão; levantamento das características da impressão offset e implantação das características colorimétricas do offset no digital.”
Para finalizar a questão da implantação do gerenciamento de cor, Santos, supervisor de produto da Heidelberg, defende um plano de manutenção preventiva dos equipamentos, assim como entender o mínimo do conceito Lean Manufacturing, padronizar processos e formar parcerias com fornecedores. “Um sistema CtP é recomendado para uma transferência ideal dos valores tonais”, completa.

Manutenção do gerenciamento

Vale frisar que um processo de gerenciamento de cor sem manutenção é impraticável. “Somente com uma rotina de verificações diárias é possível manter o processo dentro do padrão estabelecido inicialmente. O grande diferencial é a certeza de não cometer erros e de entregar ao cliente o que foi contratado. Assim, a gráfica fica livre de retrabalhos e subsequentes prejuízos”, fala Marafiotti. 
Mello, da Kodak, observa que as impressoras offset, planas ou rotativas, devem estar com os padrões mecânicos recomendados pelo fabricante, pois qualquer desvio poderá produzir discrepâncias na impressão dos targets e em suas medições, podendo gerar resultados ruins. Além do equipamento há a manutenção por software, “que garante o ajuste dos sistemas de impressão com a calibração ou linearização”, fala Valente, da EFI.
Bezerra, da Xerox, diz que o ditado “tirar leite de pedra” pode ser aplicado quando falamos de manutenção. “Ir além do limite de um componente é um risco calculado. Imagine-se numa autoestrada quando, rapidamente, um animal passa na sua frente e você precisa frear bruscamente, e para a poucos centímetros do animal. Quando passa o susto, você se lembra que trocou a pastilha e disco de freio há duas semanas e nem estava pensando em trocar tão cedo, pois achava que ainda dava para rodar mais um pouco. E se não tivesse feito essas trocas? O que poderia ter acontecido? No cenário de impressão, seja o digital ou offset, é a mesma coisa. Uma blanqueta gasta, um rolamento cansado ou vibrando, tinteiros quase entupidos, cartuchos de impressão vencidos, revelador vencido, entre outros, causarão problemas na qualidade e, consequentemente, perda. Pense nisso quando achar que o revelador dá para rodar um pouco mais”, compara o especialista em aplicações gráficas da Xerox.
Vazelino fala que o foco do Coloristas Team é na formação das pessoas e não em fazer o serviço delas: “Quando implantamos o gerenciamento de cores nas gráficas, ensinamos tudo o que sabemos a respeito do assunto, tornando-os clientes independentes e capacitados para continuar o processo. Costumamos dizer que o melhor técnico deve ficar na gráfica e, para isso, nossa assistência técnica não esconde nada, ensina tudo. Assim, o gráfico nunca mais precisará contratar empresas ou consultores especializados para calibrar o sistema, eles mesmo o farão. Nosso negócio está balizado na transmissão do conhecimento e na formação de mão de obra especializada.”
Santos avisa que não adianta fazer o gerenciamento de cor se a máquina de impressão tem problemas de rolaria: “O ajuste da faixa de contato dos rolos é importantíssimo. Problemas de fantasmas e dublagem atrapalham e inviabilizam a calibração. A qualidade de entintamento, a pressão de impressão, entre outros fatores, são importantes para atingir o resultado. A Heidelberg tem como diferencial a venda de peças originais e técnicos bem aparelhados e devidamente treinados na fábrica.”
Faria, da Xerox, diz que manutenção é usual em toda tecnologia, mas especialmente no caso do mercado digital. “Ter um software de gerenciamento sem um equipamento em perfeitas condições não produzirá o resultado esperado”, fala o analista de produtos da Canon.

Os mais instalados

Povareskim diz que sua empresa se firmou no mercado representando empresas com grande conhecimento e experiência. “Certamente, o produto mais difundido da Povareskim é o sistema de provas contratuais Chromedot, que antecede a norma de provas contratuais. É um software concebido com a ideia de criar uma prova de contrato a partir do perfil da sua impressora offset, além de permitir a calibração de prova com o perfil ISO 12647-7.”
Liberato e Arakaki, ambos da Konica Minolta, dizem que normalmente seguem a orientação dos clientes, mas quando o mesmo não tem algo específico, utilizam o Color Profiler Suíte da EFI.
O sistema IDS da Q.I. Press Controls existe há oito anos e, de acordo com Coutinho, completou mais de 400 instalações. Já a Agfa aposta no Apogee Color Quality Manage, um sistema de gerenciamento de cores no próprio workflow Apogee. “O sistema contempla o Apogee InkSave, que é um sistema de economia de tinta; o Apogee Repurposing, com a tecnologia Smart Input Space Recognition (SISR), identifica imagens no PDF e aplica o melhor gerenciamento de cores na conversão do arquivo; o Apogee Color Quality, que tem uma licença que permite a ativação das ferramentas do ColorTune e permite a validação de impressos e provas contratuais baseados no padrão ISO- 12647-2 e 3 com rotinas de calibração”, explica Marafiotti.
A Kodak tem para os usuários do Kodak Prinergy, o ColorFlow Pro - Workflow Edition, que pode ser integrado ao workflow digital. “Esta é a ferramenta que permite ao gráfico fazer e verificar o gerenciamento de cores de sua gráfica de forma simples e interativa. É possível incluir também o opcional para fazer economia de tinta, o Ink Optimizing Solution”, ressalta Mello.
Valente, da EFI, vai de ColorProof, antes conhecido como BestColor: “É o sistema de provas e gerenciamento de cores mais utilizado em todo o mundo. Nossos servidores Fiery instalados em equipamentos de diversos fabricantes também permitem gerenciamento de cores de alto nível e são certificados pela ISO e GraCol com diversos mecanismos de diferentes fabricantes.”
Bezerra informa que, atualmente, a Xerox trabalha com três controladoras diferentes: Xerox, EFI e Creo. “Cada uma dessas ferramentas possui as suas peculiaridades e cumpre requerimentos específicos, conforme a necessidade de cada cliente. O nível de controle requerido varia de acordo com a necessidade específica do produtor gráfico, e o importante é que tanto em termos de hardware quanto em flexibilidade de software as ferramentas disponíveis hoje no mercado são capazes de endereçar os mais elevados padrões de confiabilidade e precisão de cor”, afirma o especialista em aplicações gráficas da Xerox.
Santos, da Heidelberg, diz que a empresa tem vários cases, “desde gráficas promocionais de pequeno porte até gráficas industriais de grande volume. Normalmente, quando vendemos um CtP com sistema de software Prinect, vários recursos de calibração em conformidade com o padrão da ISO fazem parte dos nossos aplicativos. Outro case de sucesso, muito implementado, é a integração entre pré-impressão e impressão via JDF (CIP4). Trabalhamos com essa integração há mais de uma década.”
Para máquinas laser, a Canon, no Brasil, trabalha com RIP da EFI opcional para alguns modelos. “No caso de softwares, apesar de ter compatibilidade e trabalhar com as principais empresas do mercado (ORIS, GMG, Wasatch etc.) hoje as ferramentas mais utilizadas nos projetos são o ColorProof e ColorProfile Suíte da EFI”, frisa Faria.
Vazelino comenta sobre o Spectro Drive, da Techkon, que é um instrumento que faz a leitura de tarjas de controle por varredura de forma automática e oferece todas as leituras colorimétricas necessárias para se fazer o bom gerenciamento das impressoras. “Em quatro segundos efetua as medições e os resultados são demonstrados na tela, orientando os impressores sobre qual a melhor carga de tinta, o controle do ganho de ponto, trapping, contraste e L.a.b., conforme Norma ISO 12647”, acrescenta o gerente de marketing do Coloristas Team.
Gargalaca fala que o modelo que mais funcionou com a Coralis até hoje é o sistema que a empresa e seus colaboradores abraçam com o objetivo de imprimir nos patamares de qualidade mundial. “Que pode ser muito bem alcançado pelas empresas brasileiras”, fecha o diretor da Coralis.
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GRAPHPRINT:
Qual é o gerenciamento de cor mais indicado para uma empresa de pequeno porte? Por quê?

Agfa
“Em minha opinião e experiência, não existem diferenças na aplicação do gerenciamento de cores para empresas de grande ou pequeno porte, apenas o tempo que irá levar para cada uma delas. O conceito aplicado é o mesmo para ambas”, defende Marafiotti.

Canon
“Mais uma vez existem inúmeras ferramentas, mas no caso de um cliente menor o mais indicado seria o Software Rip, ou seja, que possa ser instalado em um PC é o mais indicado. No caso de equipamentos laser Canon, já se tem uma solução incorporada aos equipamentos que possuem RIP, que permite, com o auxílio de um espectrofotômetro, calibrar o equipamento e corrigir as curvas de cores”, diz Faria.

Coloristas Team
“As empresas de pequeno porte normalmente recebem as chapas de bureau terceirizado e, por isso, devem trabalhar em conjunto com ele. A melhor forma é fazer um ‘test form’ na gráfica e buscar padronizar as regulagens do equipamento de impressão e exigir do bureau chapas provenientes de arquivos normalizados juntamente com uma prova certificada na ISO 12647.
Dessa forma, a gráfica de pequeno porte poderá controlar as cores utilizando apenas densitômetros. O prestador de serviço, no caso, garantirá a perfeita pré-impressão, oferecendo matrizes que proporcionarão a melhor estabilidade durante o processo de impressão”, explica Vazelino.
Coralis
“As empresas de pequeno porte que não controlam as cores do seu processo têm o mesmo problema das grandes, só que em menor escala. É por isso que é importante começar com essa cultura de controle antes de crescer. Quanto maior é a empresa, mais difícil começar”, fala Gargalaca.

EFI
“A empresa pode adquirir o conjunto impressora, RIP e espectrofotômetro para gerenciar internamente as provas ou contratar serviços especializados na obtenção de perfis e possuir apenas uma impressora de boa qualidade”, orienta Valente.

Heidelberg
“Sugiro começar calibrando o CtP, utilizar aparelho para medir a calibração da chapa e um bom sistema de software para aplicar perfil de cor nos arquivos e gerenciar prova. A máquina de impressão reproduz o que está na chapa. Caso a chapa tenha problemas isso se refletirá no produto final”, explica Santos.

Kodak
“Há um provérbio popular que diz ‘o tamanho não importa’. O gerenciamento de cores é o mesmo, independente do tamanho da gráfica. O que muda é apenas a forma de como ele será aplicado”, entende Mello.

Konica Minolta
”Existem duas formas. Controle interno: determinar internamente os limites de reprodução gráfica em função dos desejos dos clientes, uma forma não confiável e inconstante de controle. Controle externo: todos os controles e parâmetros são baseados em normas de conhecimento público e com aprovação universal”, dizem Liberato e Arakaki.

Povareskim
“Inicialmente, é necessário uma avaliação técnica especializada, a fim de mensurar a sua qualidade de impressão usando como parâmetros uma norma, de acordo como o seu processo de impressão e o mercado atuante. Caso a empresa esteja muito próxima dos resultados estabelecidos nas normas, é possível investir nas adequações para o perfeito enquadramento. Caso a empresa esteja distante das normas, há a opção de criar um perfil da sua impressão. Em seguida, a empresa usa esse perfil para gerenciar as cores também nos setores de criação e pré-impressão. Lembrando que é preciso investir em manutenção dos equipamentos e insumos para manter a condição de impressão perfilada. No futuro, já com a comprovação dos benefícios de gerenciamento de cores, será possível investir para adequar a empresa à norma de impressão offset”, detalha Povareskim.

Xerox
“Com as nossas soluções, com o servidor de impressão FreeFlow Print Server, o cliente já tem incorporado um espectrofotômetro inline que permite fazer tanto a calibração do equipamento como geração de perfis de papel. Tudo isso para que o cliente tenha o melhor resultado baseado nas mídias que ele utiliza. Há ainda a possibilidade de importar perfis de entrada (RGB), importar perfis de saída (CMYK) para simulações de outros processos, como, por exemplo, offset e o editor de cores SPOT (Pantone)”, avisa Bezerra.

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