terça-feira, 11 de junho de 2013

Sete passos para criar o nome da sua empresa ou produto

Processo pode ser feito internamente, mas exige cuidados. Por outro lado, contratação de profissionais está mais acessível a PMEs e pode resultar em economia
Ter o próprio negócio é um sonho e uma alternativa para milhares de brasileiros. Somente no primeiro trimestre de 2013 foram criadas e passaram a funcionar dentro do território nacional 428.741 novas empresas, segundo estudo da Serasa Experian. Entre os muitos desafios da primeira fase do empreendimento está “batizá-lo”, criar o nome dos produtos ou serviços que serão oferecidos. Em um mercado cada vez mais competitivo, esta etapa pode definir o sucesso ou o fracasso de uma empresa.
“No mercado profissional de branding, o processo de criação e avaliação de nomes para marcas é chamado de naming. Não é apenas um processo criativo, mas também uma abordagem estratégica para encontrar as melhores opções de nomes para a marca de uma empresa ou produto de acordo com seu mercado e público”, explica Guilherme Sebastiany, especialista da Sebastiany Branding.
Existem duas alternativas para quem está iniciando um negócio: contratar um profissional ou fazer o processo de naming internamente. Para quem optar pela segunda opção, o Sebastiany aponta os sete passos para criar um nome.
1 – Entenda as necessidades de comunicação da marca. Quem é a empresa, produtos ou serviço, quais os seus diferenciais, valores e personalidade? Questione o que é preciso comunicar através do nome.
2 – Levante o perfil do publico-alvo da marca. Diferentes grupos têm diferentes percepções sobre o que é um nome popular ou sofisticado, moderno ou tradicional, amigável ou distante.
3 - Identifique a estratégia de visibilidade da marca, onde será mais utilizada e comunicada. Ex: se for aplicada em uma embalagem pequena, como isso afetará o espaço para o nome?
4 - Analise os territórios onde a marca irá atuar. Apenas no Brasil? No exterior? Pense em quais barreiras de linguagem ela deverá superar quanto ao entendimento, percepção e pronúncia.
5 - Analise os aspectos jurídicos de probabilidade de registro e proteção no segmento específico em que a marca vai atuar. Em diferentes setores, o tipo de nome que pode ser mais facilmente registrado muda. Identificar isso desde o início ajuda a criar não apenas um nome mais forte e original, mas também um que possa ser mais exclusivo para empresa.
6 - Entenda as demandas da marca quanto ao seu uso na web. O que é mais importante: ter o domínio .com.br? Ser um nome facilmente localizado em uma busca do Google? Ser fácil de rastrear no monitoramento de redes sociais? Como nem sempre é possível ter tudo, entender quais são as prioridades pode ajudar a criar um nome mais assertivo.
7 - Com base em todas as informações colhidas, definir qual será a estratégia do nome, o que na Sebastiany é chamado de ESTRATÉGIA VERBAL®, ou seja, qual será o caminho ideal para a criação do maior número possível de nomes que atendam melhor as demandas do projeto. Que classe de nome buscar? Quais os processos ideais para criação deste nome (busca, hibridação de palavras, estrangeirismo, derivação prefixal ou sufixal, aliteração, consonância etc)?. “Neste processo deve ser criado um bom número de alternativas, afinal nem todos estarão livres para uso. Mas o trabalho não termina com a criação das opções de nomes. A criação é apenas a metade do caminho”, alerta Sebastiany.
Pesquisa
Tão importante quanto o processo de geração de alternativas é o trabalho de avaliação e validação do nome. É também importante verificar junto ao público alvo se as associações com o nome são positivas, se a sonoridade é agradável, se é fácil de ser lembrado e até mesmo se o conjunto das letras no nome favorece visualmente a elaboração de um logotipo atraente.  
Existem formas tanto quantitativas quanto qualitativas para testar a eficácia de um nome antes do mesmo ser lançado no mercado. Realizar essas pesquisas pode ajudar a ter uma visão melhor de quais nomes, dentre as alternativas disponíveis, desempenham melhor junto ao seu público. Isso também ajuda a reduzir a listagem de nomes a um grupo menor, de três a cinco opções para a decisão final.
“Apenas ao fim do processo, quando se tem em mãos bons nomes, adequados a estratégia da empresa, que o gosto pessoal pode entrar em discussão, caso contrário o gosto pode se sobrepor as verdadeiras necessidades da marca”, aconselha Sebastiany.
Contratando especialistas 
Se tudo isso parecer complexo demais, é possível contratar uma empresa especializada em branding, o que está cada vez mais acessível a PMEs no Brasil. A Sebastiany Branding, que é especializada no setor, criou um processo de co-criação que torna os resultados melhores e o valor do investimento menor.
“Envolvemos o cliente com a nossa equipe em uma dinâmica ou workshop de criação conjunta que dura um dia. Com isso não apenas geramos juntos muitas boas opções iniciais, como também o cliente, ao estar envolvido no processo, está menos propenso a rejeitar bons nomes gerados durante a dinâmica por não se identificar com ele”, explica o especialista
Para finalizar, vale lembrar que uma marca pode ser usada por décadas e, se tiver problemas (geralmente ocultos), pode trazer um passivo jurídico para empresa ou demandar mais investimentos em publicidade e comunicação para alcançar o mesmo patamar de resultado de um bom nome.
Fonte - Guilherme Sebastiany - Sócio Fundador/Diretor de Estratégia - Formado em arquitetura e urbanismo pela USP e MBA em Branding - Gestão Estratégica de marcas - pelo ITAE. Foi professor em cursos de graduação e pós-graduação em design e no MBA em Branding da Anhembi Morumbi e no curso de Extensão em Gestão no Varejo da FIA. É professor de Identidade de Marca no MBA em Branding do Rio Branco e também é professor em Branding no Master de Marketing da Business School São Paulo e no MBA de Hotelaria de Luxo da URM. Com 15 anos de experiência em criação de marcas, possui projetos desenvolvidos para diversos segmentos no Brasil e exterior.

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