segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Exemplo de convergência saudável: Postagem de telegramas ainda é grande nos Correios do país

Presente no Brasil há 161 anos, desde o reinado de Dom Pedro II, o serviço estatal de telegramas encontrou na tecnologia uma aliada para resistir ao tempo.
A transmissão via internet, que teve início em 2001, impulsionou o tráfego de mensagens no país, dando sobrevida a esse braço dos Correios.

Entre 2007 e 2012, o volume anual de telegramas cresceu 39%, passando de 14,4 milhões para 20 milhões. No ano passado, 87% do fluxo foi eletrônico, 11,5% nas agências e menos de 3% foi por telefone – a forma original de envio.

A atual transmissão eletrônica é chamada de híbrida: os dados são captados pela web e depois a mensagem é impressa e envelopada por máquinas na agência mais próxima do destinatário, sem a intermediação humana.

O preço mínimo é R$ 4,98 e varia conforme o número de páginas e serviços adicionais.
Se no século passado o telegrama correspondia a uma espécie de e-mail primitivo e os principais clientes eram as pessoas físicas, agora o grande e rentável filão para esse serviço são as empresas. 

Nos últimos quatro anos, o número de companhias que mantêm contratos com os Correios para o envio de telegramas saltou 143%, chegando a 4,7 mil em 2012.
Bancos e órgãos públicos aparecem no topo dessa lista de usuários. Considerado um documento oficial, o telegrama é usado pelas instituições financeiras para enviar extratos e comunicações aos correntistas. Além disso, é usado por empresas para informar sobre cobranças extrajudiciais, perícias médicas e convocações para concursos.

“Sabemos que a tecnologia pode diminuir a troca de correspondências, mas nos últimos anos procuramos usar a internet a nosso favor e o telegrama é um exemplo disso”, afirma o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro Oliveira. Hoje, a mensagem pode ser personalizada e entregue em qualquer cidade do país em até quatro horas.


A convivência e interação com as novas tecnologias, contudo, nem sempre tem o mesmo efeito. Na Índia, o serviço de telegramas foi extinto no último dia 15 de julho. Após 163 anos de atividade, ele foi vencido por meios mais rápidos de comunicação.

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