terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pintar o sete, bordar o oito e finalizar o nove é 10

A velocidade aumentou muito, de fio a pavio e em todos os sentidos. Na indústria gráfica não poderia ser diferente. Concorda? Encontrar quem tenha demanda para pintar papel será cada vez mais raro. Paulatinamente, mas infrequente. Em contrapartida, a impressão tende a virar customizada, relacionada à venda direta e instantânea. Leu aqui, comprou lá. Pediu na internet, rodou aqui e entregou já. É vapt-vupt, já dizia o Professor Raimundo. E as margens ó! 

Para enfatizar como a velocidade da informação é alta, quando o Japão sofreu o último tsunami, que só não o levou à bancarrota devido à fibra de seu povo, em dois minutos e meio o mundo - escrevi o mundo mesmo -, já sabia que a primeira onda detonou uma região da terra do Sol Nascente. Dados mostraram que o volume de twitters e mensagens via Facebook, só para ser ater nestes dois meios modernos de comunicação, literalmente entupiram as transmissões, comprometendo o mapeamento das mensagens. É a informação varrendo o mundo, sem precedentes.

Mais adiante, quando os Estados Unidos passaram por uma assombrosa epidemia de gripe, uma ferramenta do Google detectou a proliferação do vírus seis meses antes. Como? Pura – e eficiente – tecnologia da informação (TI). O ato de cruzar informações das mais diversas fontes mostrou que a virose se espalharia. E assim se fez.

Outro exemplo clássico da troca de informação por meio da tecnologia foi o artigo encabeçado pelo chefe de comunicação da campanha política da reeleição de Barack Obama. Por meio de um artigo (impresso), o líder revelou, seis meses antes, como seria a votação. Sim, seis meses antes fora publicado um estudo mostrando detalhadamente quanto republicanos e democratas receberiam de votos. O que aconteceu? Resultados ipsis litteris, com pequenas correções. 

Foi a sociedade americana que gerou dados e criou as tendências que resultaram em “vendas” ao aspirante ao governo ou ao candidato à reeleição. Por meio da TI, meu caro. A informação em seus mínimos detalhes.

Informações contemporâneas ao momento do gráfico? Lembra que disse no começo que pintar papel será cada vez mais complicado. Pois bem, é a hora certa de rever alguns conceitos e derrubar paradigmas. Perceba que com informação pessoal, nem sempre intransferível, a gráfica aprende a criar demandas nobres, imprimindo a essência do cliente. 

Ou do cliente do cliente, como alguns gostam de dizer. Com informação de qualidade em mãos é possível antecipar as necessidades e usar a criatividade aflorada que, afinal, é inerente ao segmento definido como arte, artes gráficas.  

As ferramentas para tal compilação pululam incessantemente. Há uma miríade de produtos e serviços que “conversam” com todas as plataformas existentes, seja da pré-impressão ao web to print, sem preconceitos. É a era da comunicação sem barreiras, mas com diversidade de opções.  

Em solo brasileiro vivemos atualmente um período de inquietação, com manifestações em todos os rincões. É evidente que as cobranças, no final das contas, focam a erradicação da corrupção. Assim se faz, também, o momento de embalar novos negócios. 

É permitido usar e abusar da tecnologia, de fazer o papel do País ser impresso de todas as formas e tamanhos.

Coloque seu bloco na rua, parta em busca daquilo que ainda não foi impresso e apresente ao mercado. Não há outra maneira de diversificar serviços e soluções que não beire o sair da zona de conforto, ter ânsia pelo admirável mundo novo.

Quem sabe o mesmo cliente que você conseguiu fidelizar, com tanta luta e suor, não tenha um budget desenhado para novas ideias de impressão? Quem sabe este mesmo cliente tenha a necessidade de apresentar seus pontos fortes para aquele público que ele mesmo até agora não conhece?

Quem sabe, você gráfico, consiga abrir os olhos do seu cliente e mostrar que, por meio das ferramentas de TI e das máquinas poderosas do seu parque gráfico. há um target pronto para investir?

Será que não há demanda para pintar o sete, bordar o oito e finalizar o nove? Nota 10 para quem conseguir.                                

Saudações GRAPHPRINTENSES!


Fábio Sabbag - editor da GRAPHPRINT       

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