A velocidade aumentou muito, de fio a pavio e em todos os
sentidos. Na indústria gráfica não poderia ser diferente. Concorda? Encontrar quem
tenha demanda para pintar papel será cada vez mais raro. Paulatinamente, mas
infrequente. Em contrapartida, a impressão tende a virar customizada,
relacionada à venda direta e instantânea. Leu aqui, comprou lá. Pediu na internet,
rodou aqui e entregou já. É vapt-vupt, já dizia o Professor Raimundo. E as
margens ó!
Para enfatizar como a velocidade da informação é alta,
quando o Japão sofreu o último tsunami, que só não o levou à bancarrota devido à
fibra de seu povo, em dois minutos e meio o mundo - escrevi o mundo mesmo -, já
sabia que a primeira onda detonou uma região da terra do Sol Nascente. Dados
mostraram que o volume de twitters e mensagens via Facebook, só para ser ater
nestes dois meios modernos de comunicação, literalmente entupiram as
transmissões, comprometendo o mapeamento das mensagens. É a informação varrendo
o mundo, sem precedentes.
Mais adiante, quando os Estados Unidos passaram por uma assombrosa
epidemia de gripe, uma ferramenta do Google detectou a proliferação do vírus
seis meses antes. Como? Pura – e eficiente – tecnologia da informação (TI). O ato
de cruzar informações das mais diversas fontes mostrou que a virose se
espalharia. E assim se fez.
Outro exemplo clássico da troca de informação por meio da
tecnologia foi o artigo encabeçado pelo chefe de comunicação da campanha
política da reeleição de Barack Obama. Por meio de um artigo (impresso), o
líder revelou, seis meses antes, como seria a votação. Sim, seis meses antes fora
publicado um estudo mostrando detalhadamente quanto republicanos e democratas
receberiam de votos. O que aconteceu? Resultados ipsis litteris, com pequenas
correções.
Foi a sociedade americana que gerou dados e criou as tendências que
resultaram em “vendas” ao aspirante ao governo ou ao candidato à reeleição. Por
meio da TI, meu caro. A informação em seus mínimos detalhes.
Informações contemporâneas ao momento do gráfico? Lembra
que disse no começo que pintar papel será cada vez mais complicado. Pois bem, é
a hora certa de rever alguns conceitos e derrubar paradigmas. Perceba que com informação
pessoal, nem sempre intransferível, a gráfica aprende a criar demandas nobres, imprimindo
a essência do cliente.
Ou do cliente do cliente, como alguns gostam de dizer.
Com informação de qualidade em mãos é possível antecipar as necessidades e usar
a criatividade aflorada que, afinal, é inerente ao segmento definido como arte,
artes gráficas.
As ferramentas para tal compilação pululam
incessantemente. Há uma miríade de produtos e serviços que “conversam” com
todas as plataformas existentes, seja da pré-impressão ao web to print, sem
preconceitos. É a era da comunicação sem barreiras, mas com diversidade de
opções.
Em solo brasileiro vivemos atualmente um período de
inquietação, com manifestações em todos os rincões. É evidente que as cobranças,
no final das contas, focam a erradicação da corrupção. Assim se faz, também, o momento
de embalar novos negócios.
É permitido usar e abusar da tecnologia, de fazer o
papel do País ser impresso de todas as formas e tamanhos.
Coloque seu bloco na rua, parta em busca daquilo que
ainda não foi impresso e apresente ao mercado. Não há outra maneira de
diversificar serviços e soluções que não beire o sair da zona de conforto, ter
ânsia pelo admirável mundo novo.
Quem sabe o mesmo cliente que você conseguiu fidelizar,
com tanta luta e suor, não tenha um budget desenhado para novas ideias de
impressão? Quem sabe este mesmo cliente tenha a necessidade de apresentar seus
pontos fortes para aquele público que ele mesmo até agora não conhece?
Quem sabe, você gráfico, consiga abrir os olhos do seu
cliente e mostrar que, por meio das ferramentas de TI e das máquinas poderosas
do seu parque gráfico. há um target pronto para investir?
Será que não há demanda para pintar o sete, bordar o oito
e finalizar o nove? Nota 10 para quem conseguir.
Saudações GRAPHPRINTENSES!
Fábio Sabbag - editor da GRAPHPRINT
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