segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Crédito na União Europeia em 2014 terá ritmo baixo, aponta EY

Expectativa de crescimento morno do PIB europeu não ajuda a expandir empréstimos para empresas e consumidores

A concessão de crédito na Zona do Euro deve seguir em ritmo lento. Segundo estudo da EY (antes Ernst & Young), a previsão é que os empréstimos às empresas aumentem 1,6% em 2014 em relação ao ano passado. A estimativa anterior, de outubro de 2013, era de crescimento de 3,8%. A avaliação está no Eurozone Financial Services Forecast, relatório trimestral sobre mercados europeus realizada pela multinacional de consultoria e auditoria.

A diminuição entre as duas previsões, um corte de 211 bilhões de euros, ocorreu devido a maior cautela dos bancos e menor grau de investimentos das empresas. Em 2014, a expectativa é de crescimento do Produto Interno Bruto europeu pela primeira vez desde 2011, com 0,9% de expansão, patamar que não é forte o suficiente para expandir a concessão de crédito e recuperar a economia.

O crédito aos consumidores também deve encolher. Em 2013, os empréstimos para as famílias caíram 29 bilhões de euros e a previsão da EY é que para 2014 diminua para 26 bilhões de euros. Segundo o estudo, apenas a partir de 2016 o crédito aos consumidores deve se recuperar ao mesmo nível de 2012, sinal da lenta retomada da economia da União Europeia.

A EY acredita que permanecerão as diferenças entre os países da Zona do Euro. Alemanha e França devem ter aumento de crédito imobiliário, para consumidores e empresas (de 3% a 4% para Alemanha e 2% na França). A expectativa de crédito, no entanto, é estável para a Itália e de queda na Espanha, com diminuição de 3,2% para as empresas.


Com altos índices de desemprego e baixo crescimento econômico, a estimativa da EY é que a inadimplência siga elevada.

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