quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Suzano Papel e Celulose inicia produção de celulose fluff de fibra curta

A Suzano Papel e Celulose iniciou no dia 18 de novembro a produção inédita de celulose fluff de fibra curta, batizada de Eucafluff. 

O investimento de R$ 30 milhões, anunciado em maio deste ano, marcou ainda a entrada da empresa neste segmento, com capacidade de produção inicial de 100 mil toneladas/ano. A produção está concentrada na Unidade Suzano, em São Paulo, por meio da modernização de uma máquina de imprimir e escrever e já possui a certificação Forest Stewardship Council (FSC - C010014) – hoje um volume pequeno da produção mundial de fluff possui essa certificação.

De acordo com dados da consultoria RISI, em 2014, o mercado brasileiro de celulose fluff foi estimado em cerca de 292 mil toneladas, sendo que esta demanda é atendida apenas por importações de fibra longa. Ainda segundo a consultoria, a demanda global para os próximos cinco anos deve crescer, aproximadamente, 3,7% ao ano. No Brasil, para o mesmo período, esse crescimento pode chegar a 4,3% ao ano. “O que estamos propondo é uma quebra de paradigma. Na década de 50, produzir papel com fibra curta era algo improvável. Queremos agora avançar também no segmento fluff”, explica Ernesto Pousada, diretor executivo de Operações da Suzano Papel e Celulose. 

A celulose fluff garante a absorção e a retenção de líquidos em produtos como fraldas descartáveis e absorventes, por exemplo. No caso do Eucafluff, testes demostraram potencial de substituição de fibras de 70% para absorventes e 30% para fraldas. Em relação à performance, uma das vantagens da nova fibra é o menor consumo de energia no processamento e desfibramento. “Já temos sete clientes homologados e bastante satisfeitos com o desempenho do produto”, acrescenta Alexandre Corrêa, gerente executivo de Novos Negócios da Suzano Papel e Celulose. A celulose fluff será entregue em bobinas de 300g/m²e 700g/m² aos clientes a partir de dezembro.


Essa nova área de atuação está dentro do pilar estratégico de negócios adjacentes da empresa, que busca novas aplicações para a celulose de eucalipto e, com isso, diversifica os produtos da companhia. Fazem parte desse pilar a produção de lignina e a entrada no segmento de tissue, este último, anunciado recentemente. 

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