segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Produção das gráficas cresce e confiança do empresário aumenta no segundo trimestre

Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), a produção física do setor, já descontado o padrão sazonal, cresceu 1,5% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses de 2016.

“Os sinais alentadores já haviam surgido no primeiro trimestre, quando nossa atividade recuou apenas 3,8%, em relação a igual período de 2015, ante queda de 5,7% da indústria de transformação como um todo”, salienta Levi Ceregato, presidente da entidade.

“O setor dá sinais de estabilização e ensaia uma recuperação”, observa Ceregato, analisando, também, o impacto do dólar alto sobre a atividade: “Alguns setores da indústria têm sido beneficiados pela variação cambial. Em parte pelo aumento das exportações e certamente pela substituição de importações. Além disso, o ajuste dos estoques tem permitido dados mais favoráveis de produção”.

Isso também vale para indústria gráfica, que reverte o déficit em sua balança comercial. O segundo trimestre registrou superávit de US$ 21,8 milhões. As exportações tiveram um acréscimo de 6% frente ao primeiro trimestre e 14% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 78,3 milhões. O valor das importações registrou retração de 7% e 15%, respectivamente, encerrando o trimestre com US$ 56,5 milhões.

“Uma recuperação mais expressiva da produção dependerá da retomada da demanda interna, pois é baixo o peso do setor externo na indústria como um todo, e nas gráficas, particularmente”. Além disso, a pressão de custos no setor é significativa, apesar da queda da cotação do dólar recentemente. “Ainda assim, à luz das surpresas recentes na produção física, estamos revisando a estimativa de queda este ano de 10% para 3%. Revisão expressiva e na direção desejada por todos”.

Os sinais mais positivos da produção física estão em linha com a melhora da confiança do Índice de Confiança (IC) do Empresário da Indústria Gráfica Brasileira, que atingiu, no segundo trimestre, a marca de 43,9 pontos, em uma escala de 0 a 100.


O indicador teve aumento de 2,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Apesar de estar distante da linha de neutralidade de 50 pontos, registrou a maior alta desde o primeiro trimestre de 2015, o que indica uma melhora mais rápida da confiança dos empresários.

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